Entrevistamos Carlos Dias, Presidente da Federação de Hóquei sobre Grama do Estado do Rio de Janeiro. Ele nos dá um panorama desta modalidade no estado. O Hóquei sobre Grama é dos esportes menos conhecidos e praticados no Rio mas está crescendo nos últimos anos e fará parte da programação de Rio 2016.
ER: Pode nos contar um pouco de sua trajetória até chegar à Presidência da Federação de Hóquei sobre Grama do Estado do Rio de Janeiro?
CD: Vim para o Hóquei sobre Grama, a convite de amigos, antes dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro,como vários outros jogadores, e alguns que hoje, também, são dirigentes. Embora tivesse certa experiência, na infância, com o Hóquei sobre Patins, na Casa de España, fiquei entusiasmado. Antes, joguei Handebol pela ACM, Futebol de Salão pelo Flamengo, Vôlei pelo Fluminense, e Rúgbi, na juventude. Embora tenha disputado um campeonato nacional pelo Palestra de São Bernardo (SP), faço parte do Rio Hóquei, um dos clubes mais antigos do país. Pela minha equipe, participei de torneios sobre grama e indoor. Fui convidado, no ano passado, a integrar uma chapa para concorrer à administração da FHERJ, que foi eleita por unanimidade. Desde abril de 2011, a equipe está trabalhando para ajudar o crescimento da modalidade. Estamos chamando os clubes para participar, mais ativamente, trazendo sugestões e debatendo as nossas necessidades. Este ano, abrimos polos em duas unidades do colégio Pedro II, em um projeto social em Santa Tereza e em outro em Niterói. Estamos negociando mais dois colégios, para 2013. Estão em fase de montagem, modelos de cursos de formação de treinadores, árbitros e juízes de mesa. Convidamos a federação paulista para um desafio entre seleções estaduais.
ER: Como sobrevive a federação?
CD: A partir de 2013, será cobrada uma contribuição anual, aos clubes filiados. Paralelamente, estamos buscando parcerias e patrocinadores, para eventos, e abertura de novas frentes. Os projetos atuais são desenvolvidos através de parceria com a Confederação Brasileira de Hóquei sobre Grama - CBHG - com quem temos ótima relação.
ER: Há algum incentivo governamental para a federação?
CD: Não recebemos nenhuma verba do governo municipal, estadual ou federal. Está em tramitação um convênio com a Secretaria de Educação, para implementação de escolinhas em duas unidades da rede de ensino.
ER: Quais os clubes filiados à federação?
CD: Atualmente, participam da FHERJ o Rio Hóquei, a Sociedade Germania e o Carioca Hóquei Club.
ER: Além de Deodoro, há algum outro campo oficial do esporte no estado do Rio de Janeiro?
ER: Qual a situação do esporte no interior do estado?
ER: Muitos eventos da federação são indoor. Isto é, o Hóquei sobre Grama jogado numa quadra. Qual a diferença do Hóquei sobre Grama indoor para o Hóquei tradicional (jogado em uma quadra)?
ER: Quais as semelhanças do Hóquei sobre Grama para o Hóquei tradicional?
ER: Santa Catarina tem os times mais fortes do país de Hóquei sobre Grama. Qual o segredo deles? O que os catarinenses têm que faltam aos fluminenses?
ER: Os clubes de massa (América, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama) não praticam o esporte. Se praticassem, talvez o esporte ganhasse em divulgação. Já houve algum contato da entidade com estes clubes para que eles abram as portas ao Hóquei sobre Grama, criando escolinhas e equipes? Se houve contato, como foi a receptividade?
ER: Quais os planos da FHERJ para Rio 2016?
ER: Deseja deixar um recado final aos amantes do esporte?
ER: Pode nos contar um pouco de sua trajetória até chegar à Presidência da Federação de Hóquei sobre Grama do Estado do Rio de Janeiro?
CD: Vim para o Hóquei sobre Grama, a convite de amigos, antes dos Jogos Pan-Americanos do Rio de Janeiro,como vários outros jogadores, e alguns que hoje, também, são dirigentes. Embora tivesse certa experiência, na infância, com o Hóquei sobre Patins, na Casa de España, fiquei entusiasmado. Antes, joguei Handebol pela ACM, Futebol de Salão pelo Flamengo, Vôlei pelo Fluminense, e Rúgbi, na juventude. Embora tenha disputado um campeonato nacional pelo Palestra de São Bernardo (SP), faço parte do Rio Hóquei, um dos clubes mais antigos do país. Pela minha equipe, participei de torneios sobre grama e indoor. Fui convidado, no ano passado, a integrar uma chapa para concorrer à administração da FHERJ, que foi eleita por unanimidade. Desde abril de 2011, a equipe está trabalhando para ajudar o crescimento da modalidade. Estamos chamando os clubes para participar, mais ativamente, trazendo sugestões e debatendo as nossas necessidades. Este ano, abrimos polos em duas unidades do colégio Pedro II, em um projeto social em Santa Tereza e em outro em Niterói. Estamos negociando mais dois colégios, para 2013. Estão em fase de montagem, modelos de cursos de formação de treinadores, árbitros e juízes de mesa. Convidamos a federação paulista para um desafio entre seleções estaduais.
ER: Como sobrevive a federação?
CD: A partir de 2013, será cobrada uma contribuição anual, aos clubes filiados. Paralelamente, estamos buscando parcerias e patrocinadores, para eventos, e abertura de novas frentes. Os projetos atuais são desenvolvidos através de parceria com a Confederação Brasileira de Hóquei sobre Grama - CBHG - com quem temos ótima relação.
ER: Há algum incentivo governamental para a federação?
CD: Não recebemos nenhuma verba do governo municipal, estadual ou federal. Está em tramitação um convênio com a Secretaria de Educação, para implementação de escolinhas em duas unidades da rede de ensino.
ER: Quais os clubes filiados à federação?
CD: Atualmente, participam da FHERJ o Rio Hóquei, a Sociedade Germania e o Carioca Hóquei Club.
ER: Além de Deodoro, há algum outro campo oficial do esporte no estado do Rio de Janeiro?
CD: No complexo de Deodoro, estão os únicos campos de padrão oficial, no país. Um campo de grama sintética e areia, e outro de grama sintética e água. Existe uma movimentação para a construção de outros campos na região sul e em São Paulo (SP). Há uma proposição de fazer um outro campo em nossa cidade, mas ainda em fase inicial de contatos.
ER: Qual a situação do esporte no interior do estado?
CD: Além de Niteroi, existe um núcleo em Macaé. Inclusive, eles irão participar do torneio de base, na categoria sub 18. Estudamos a possibilidade de fundar novas unidades.
ER: Muitos eventos da federação são indoor. Isto é, o Hóquei sobre Grama jogado numa quadra. Qual a diferença do Hóquei sobre Grama indoor para o Hóquei tradicional (jogado em uma quadra)?
CD: O hóquei indoor não deve ser chamado "de grama", pois o piso das quadras não pode ser deste material, e as regras diferem em alguns pontos, do praticado no campo. Enquanto o Rink-Hockey, ou Hóquei sobre Patins Tradicional, se disputa com duas equipes com quatro jogadores de linha e um goleiro (todos calçando patins de botas), na nossa modalidade, os times contam com cinco atletas e um goleiro (calçados com tênis). Os nossos tacos para indoor são um tanto diferentes dos de grama, mas ambos tem uma face plana, que é utilizada para controlar, conduzir e
arremessar a bola, e outra que é boleada, chamada de "back", que jamais pode tocar a bola, sob pena que aplicação de penalidades diferentes, dependendo do local da quadra onde acontecer a irregularidade. O taco para jogo com patins é totalmente plano e pode tocar a bola com as duas faces. É permitido que um jogador pare a bola com o patim ou qualquer parte do corpo, que não as mãos, desde que não seja para impedir um gol. O indoor só aceita que o goleiro possa tocar a bola com qualquer parte do corpo, e mesmo assim, dentro de sua área. As laterais de nossas
quadras, são fechadas com tabelas de 10 cm de altura, que podem ser utilizadas, pelos jogadores, da mesma maneira que as laterais da mesa de bilhar. A modalidade sobre patins, utiliza tabelas com 20 cm de altura, em volta das laterais e atrás dos gols. Enquanto algumas faltas são penalizadas com a marcação de um penalti contra a equipe infratora, penalty stroke, que deve ser cobrado com a bola sobre a marca existente na quadra, na forma de um tiro livre direto ao gol, sem direito à rebote, no jogo com patins, é assinalada uma grande penalidade, que pode ser cobrada com um passe para outro jogador, arremesso contra a tabela, ou diretamente à meta. Enfim, as regras do Rink-Hockey são mais próximas às do Hoquei sobre Gelo, que às do Hóquei Indoor. Isso confere ao jogo, uma dinâmica totalmente diferente do que se pratica no campo.
ER: Quais as semelhanças do Hóquei sobre Grama para o Hóquei tradicional?
CD: As dimensões e os pisos permitidos para as quadras são bem similares. A nossa quadra oficial pode ser de 44x22 ou de 36x18 e deve ter um piso liso (madeira ou outro material, que não grama). A de Rink pode medir 44 x 22 metros e o material de cobertura pode ser bem variado, desde que não seja escorregadio. O objetivo do jogo é fazer mais gols que a equipe adversária, controlando uma bola,com um taco. As metas são defendidas por um goleiro, que utiliza proteção corporal.Nas duas modalidades, o jogador não pode levantar seu taco acima da altura de seu ombro, quando arremessa a bola.
ER: Santa Catarina tem os times mais fortes do país de Hóquei sobre Grama. Qual o segredo deles? O que os catarinenses têm que faltam aos fluminenses?
CD: Vejamos os dois clubes do Rio, que estão no torneio, já que o Rio Hóquei não tem participado do nacional de 11. O Carioca, é um clube com três anos de fundação, e na categoria feminina, foi quarto colocado em 2010 e vice-campeão em 2011. Neste ano, não disputará a final, mas é favorito ao terceiro lugar. A equipe masculina foi medalha de prata nas duas versões anteriores, e nesta temporada, está na liderança, faltando uma rodada para o encerramento. A Sociedade Germania, campeã masculina, em 2009, que não disputou a temporada 2011, vem se reformulando e está muito bem, neste ano, com uma base muito jovem. Tudo isso, fruto do belo trabalho desenvolvido por seus treinadores, Claudio Rocha e Leonardo Lemos, que merecem nossos parabéns. Tratando dos catarinenses, vale lembrar que entre 2004 e 2007, o centro de treinamento utilizado na preparação para os Jogos Pan-Americanos de 2007, era em Santa Catarina. A base dos times de Florianópolis e Desterro, usufruiu desta oportunidade. Puderam ter treinos diários, o que não era possível para jogadores no Rio ou em São Paulo, e que certamente, foi preponderante para o aperfeiçoamento dos fundamentos do esporte e o desenvolvimento das habilidades individuais. Claro que a tudo, se soma o talento individual dos atletas.
ER: Os clubes de massa (América, Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama) não praticam o esporte. Se praticassem, talvez o esporte ganhasse em divulgação. Já houve algum contato da entidade com estes clubes para que eles abram as portas ao Hóquei sobre Grama, criando escolinhas e equipes? Se houve contato, como foi a receptividade?
CD: Houve contato com alguns clubes, anos atrás, e infelizmente, não foi adiante. Através de um representante do Botafogo, foi enviado um esboço de projeto, e aguardo resposta até hoje. Inclusive, estamos buscando realizar um torneio no Mourisco, talvez, o Nacional Indoor. Seria ótimo para a divulgação, e a primeira parceria com o clube. Os esportes amadores ainda não obtiveram todo o espaço que podem ocupar nos clubes.
ER: Quais os planos da FHERJ para Rio 2016?
CD: No que se refere à realização das Olimpíadas, a federação não tem participação direta. Trabalhamos no sentido de auxiliar a CBHG no que nos for possível, para que nossas seleções participem dos Jogos com suas melhores possibilidades. Ao mesmo tempo, pretendemos aproveitar a maior exposição na mídia (que irá crescer gradualmente até 2016), para implementar novos núcleos de formação, ampliar o quantitativo de jogadores, fortalecer nossas parcerias e angariar novas, termos representantes no quadro de arbitragem, quem sabe, o que seria excelente, e solidificar a prática da modalidade.
ER: Deseja deixar um recado final aos amantes do esporte?
CD: Nesta época em que a competição, muitas vezes é exagerada, chegando à violência bruta, e aparecendo em eventos de todas as faixas etárias, é muito importante que jogadores de hóquei sobre grama e de indoor, sejam exemplos para todos os praticantes de esporte. Nossa modalidade visa em primeiro lugar, a integridade e a segurança dos atletas. Em campo somos adversários, nunca inimigos! Essa é um aprendizado que trouxe do rugby. Todos os integrantes da administração da federação, tem a preocupação de incentivar a integração entre os jogadores e isso é passado
desde a base. O esporte deve ser saudável para a mente e o corpo. No mais, para quem não conhece o hóquei, convido a assistir a uma partida. Nos dias 18 e 19 de agosto, teremos uma rodada do Campeonato Nacional Masculino. Nas mesmas datas, acontecerá o Torneio Estadual sub-18, no campo de areia. Os jogos serão no complexo de Deodoro.
Aqueles que estão interessados em aprender temos treinos nas tardes de terças, quartas e sextas, e nas manhãs de sábado, em Deodoro. Nas noites de quartas e quintas-feiras, e nas tardes de sábado, na Sociedade Germania, na Gávea. Nas tardes de terças-feiras, em Santa Teresa. E nas noites de terças-feiras, na quadra do Salgueiro. Além destes pontos, temos treinos em Niterói. A federação estará sempre com as portas abertas, e todos os que desejarem participar, serão muito bem vindos! A federação disponibiliza o endereço (contato.fherj@gmail.com). Sugestões, dúvidas e pedidos de informações, devem ser enviados para este email. Aos atletas do nosso estado, quero informar que FHERJ está buscando se renovar, chamando os clubes para discutir ideias, participar de decisões, e apresentando propostas e soluções para o hóquei no estado e no Brasil. O crescimento do esporte passa pelo engajamento dos praticantes. Participem!
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