Entrevista com Isabel Swan
ER: Como você começou no esporte?IS: Com 8 anos por causa do meu pai, que é velejador.
ER: Quais clubes você defendeu ao longo de sua carreira?
IS: Rio Yacht Club, Cota Mil Iate clube (DF) e Clube dos Jangadeiros (RS).
ER: O momento mais marcante de sua carreira foi a Medalha de Bronze em Beijing 2008? Se não, qual foi?
IS: Sim, com certeza ser, ao lado da Fernanda (Oliveira) a primeira mulher a conquistar uma medalha olímpica na Vela foi muito bom. Trabalhamos muito para essa conquista.
ER:Como foi a sensação de primeiro se classificar para Londres 2012, depois descobrir que tinha que disputar a vaga novamente e finalmente, perder a vaga?
IS: Foi difícil, pois ganhamos todos os mundiais da dupla que representou o Brasil, assim como o ultimo campeonato na raia olímpica em Weymouth, onde disputamos medalhada. Mas houve um critério estabelecido; perdemos na melhor de três. Faz parte do esporte e fizemos uma linda campanha olímpica, com pouquíssimo apoio da confederação.
ER: Você acredita que vai competir no Rio 2016?
IS: Sou a primeira que tem que acreditar, né?
ER: Depois de 2016, você ainda vai velejar profissionalmente ou vai encerrar a carreira?
IS: Ainda não sei, mas provavelmente, parar um pouco.
ER: Por que a parceria com Martine Grael foi desfeita?
IS: Porque ela resolver mudar de classe, foi para FX e eu optei por continuar na 470 pois sou um pouco pesada para FX.
ER: O que você espera da nova parceira Renata Decnop?
IS: Sei que temos muitas horas de velajada pela frente para atingir o alto nível juntas, mas como ela tem experiencia em outros barcos e Match Race, vai somar.
ER: Qual a sua rotina de treinamentos no dia-a-dia?
IS: Faço duas horas de academia de manhã mais quatro de água à tarde e de noite, faço MBA de gestão de projetos.
ER: Você, junto de outros velejadores, tem denunciado a sujeira na Baía de Guanabara. O governo do Rio de Janeiro tem respondido às reclamações dos atletas?
IS: Não diretamente, mas é um absurdo o estado da baía. Se nada mudar, será vergonhoso.
ER: A Lagoa Rodrigo de Freitas, sede do Remo em 2016, continua imunda, apesar dos esforços da iniciativa privada. É possível remadores e velejadores se unirem na luta pela despoluição?
IS: Com certeza, temos que unir forças. Mas as vezes é dificil para o atleta se envolver muito pois o foco é treinamento.
ER: Você sente a falta de incentivos governamentais na massificação da Vela visando Rio 2016?
IS: Sim, mas tenho apoio da secretaria de Esporte do Estado do rio de Janeiro, que foi um diferencial para minha ultima campanha, proporcionando patrocínio através da lei de ICMS.
ER: Deseja deixar um último recado à torcida brasileira?
IS: Um grande abraço, acreditem e nunca desistam do seu sonho.
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