sexta-feira, 24 de outubro de 2025

Entrevista com George Joaquim, Presidente do Bonsucesso Futebol Clube

George Joaquim
O
Esporte Rio conversou com George Joaquim, presidente do Bonsucesso, líder da terceira divisão do Campeonato Estadual. O clube rubro-anil vive realisticamente dentro de sua realidade que é comum a praticamente todos os clubes de fora da elite do futebol fluminense.



Bato-Papo com George Joaquim

ER: Quem é George Joaquim?

GJ: George Joaquim é um professor de Geografia de 54 anos e torcedor do tradicional clube da região da Leopoldina do Rio de Janeiro que possui as cores mais belas do futebol carioca, o Bonsucesso F.C. Desde janeiro de 2024 sou presidente do clube que aprendi a amar, herança de família do meu querido avô Benjamim.

 

ER: Como o Bonsucesso sobrevive hoje em dia?

GJ: Sobrevive das mensalidades sociais e dos aluguéis das lojas que estão localizadas na sede do clube e dos aluguéis de eventos no salão nobre.

 

ER: Quantos sócios em dia tem o clube e quanto custa a mensalidade?

GJ: Por volta de 100 pagantes entre titulares e dependentes. A mensalidade é de 60,00 para titulares contribuintes e 30,00 para dependentes.

 

ER: Além do futebol, o clube oferece escolinha de alguma outra modalidade esportiva? Futsal ou Natação, por exemplo?

GJ: Natação.

 

ER: Quais os benefícios para o associado do Bonsucesso? Há eventos na sede do clube?

GJ: Os benefícios estão no uso da piscina e eventos.

 

ER: Qual o futuro da sede da Teixeira de Castro? Ampliar o estádio, construir alguma estrutura nova?

GJ: Por enquanto estamos encaminhando projeto de revitalização do estádio, inclusive com instalação de novos refletores. Perguntas sobre o futebol

 

ER: Quanto custa manter o time profissional que joga a Série B-1 e como se faz para pagar a conta?

GJ: O time principal está recebendo investimento externo e os valores não estão à exposição.

 

ER: O futebol profissional é a grande vitrine de qualquer clube, principalmente dos clubes formadores. Gostaria que o senhor comentasse sobre a curta duração dos campeonatos estaduais. Por exemplo a Série B-1 vai apenas de setembro a novembro.

GJ: A curta duração dos campeonatos regionais é um caminho para diminuição dos custos do futebol profissional, principalmente nas divisões inferiores, e em relação aos que disputam a série A do Carioca, a curta duração também está ligada ao calendário nacional oferecido pela CBF.

 

ER: O Bonsucesso aposta na base como clube formador. O senhor acredita que o trabalho desenvolvido pelo seu clube seja diferente da base desenvolvida por outros clubes, como São Cristóvão e Madureira? Em que sentido?

GJ: O Bonsucesso busca parcerias para o investimento da base. Sem essas parcerias, a manutenção da base é muito difícil.

 

ER: O que fazer para o Bonsucesso voltar à primeira divisão?

GJ: Parcerias seguras para investimentos de qualidade para ascender até a 1ª divisão, série A.

 

ER: A CBF e a FERJ ajudam os clubes pequenos? Se o senhor pudesse pedir algo a estas entidades, o que o senhor pediria?

GJ: Acredito que seja até uma situação difícil para as entidades buscarem recursos aos clubes de menores investimentos, devido à baixa visibilidade da competição. A diminuição dos custos para o clube mandante e ampliação das premiações nas competições oficiais, seriam ótimas ações.

 

ER: Se o Bonsucesso vende os craques que forma para sobreviver financeiramente, como vai atingir o objetivo do clube que é ser campeão?

GJ: O objetivo de ser campeão depende do planejamento de cada competição. A venda de jogadores e contratação de outros vai se ajustar à realidade do clube para cada competição.

 

ER: Na sua visão, é mais fácil gerir um clube pequeno da capital ou um time do interior do estado do Rio?

GJ: Acredito que um clube do interior possa ter uma sorte maior que um clube da capital, devido a atuação mais próxima da prefeitura.

 

ER: O Ciclismo foi um esporte muito importante na história do clube. É possível reativar o departamento de ciclismo e ver o clube competindo nas competições da FECIERJ?

GJ: Se houver parcerias, toda competição será bem recebida.

 

ER: Ao longo do Século XX, o clube era referência em outras modalidades como a esgrima. Existe algum projeto de reativar este ou outro esporte amador do clube?

GJ: As parcerias são essenciais para incentivar qualquer esporte amador no clube.

 

ER: O clube já teve muitas escolinhas de artes marciais. Há procura por estes esportes? O clube pensa em investir nestas modalidades em busca de títulos?

GJ: Para o momento, sem parcerias, não há planejamento para esses esportes.

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