Um dos maiores entusiastas da canoagem no Brasil, o santista Fábio Paiva apresentará mais uma grande novidade aos amantes das remadas. Depois de ser um dos maiores responsáveis pela difusão da canoagem oceânica e, mais tarde, em 2001, lançar no Brasil a canoa havaiana, ele está trazendo a “Dragon Boat”, embarcação típica da China e que vem ganhando espaço em vários países do Mundo.
A novidade será apresentada no mesmo ‘palco’ do início das atividades da canoa havaiana no Brasil, a Ponta da Praia, em Santos, um local propício e com total vocação à prática de esportes náuticos. As seis primeiras embarcações foram importadas diretamente da China e para manter a tradição, têm a cabeça e a cauda de um dragão na proa e na popa, respectivamente.
Medem 12,4 metros (com 1,16m de largura), pesam 250 quilos e alcançam velocidade média de 22 km/h. Cada uma leva 22 atletas, 20 remando (10 de cada lado), um no leme e outro no tambor, dando o ritmo das remadas.
Com mais de 2 mil anos de história, o esporte tem um grande crescimento nos últimos anos e hoje está bem estruturado, com a Federação Internacional da modalidade, com sede em Hong Kong, contando com mais de 60 países filiados. Desde os mais famosos, como Estados Unidos, Canadá, Inglaterra, França, Portugal, Alemanha, África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, até outros com menos vocação, como Omã, Uganda, Líbano, Guam, Somália, Namíbia, Camarões, Iran, Croácia e Bangladesh.
O que há de mais emocionante é o crescimento a nível popular. A Dragon Boat é uma grande diversão para qualquer pessoa, jovem ou idosa, independente de já ter remado ou não. Os participantes de qualquer nível de aptidão podem, rapidamente, adaptar-se a desenvolver uma paixão por este esporte. “Estudo a Dragon Boat desde 2002, sempre buscando o momento certo para trazer ao Brasil”, afirmou Fábio Paiva.
“Há 25 anos tive o privilégio de ingressar para este mundo da canoagem, onde a minha vida começou a mudar no sentido de qualidade de vida, noções de valores, troca de energia com a natureza. Assim como trouxe a canoagem oceânica, a canoa havaiana, a Dragon Boat faz parte de uma seqüência de um trabalho de massificação da cultura náutica”, destacou o canoísta.
Segundo ele, a idéia é sempre difundir as modalidades em todo o Brasil, mas sempre tendo Santos como porta de entrada. “Vejo a Dragon como festa dos esportes, da família, dos amigos, das empresas. Enfim, mudar o conceito de irmos em busca do mais forte. Queremos integração, festejar e brindar aos grandes amigos. Queremos formar equipes com a maior somatória de idades, a mais animada, o melhor grito de guerra”, argumentou.
Paiva também lembrou um fato curioso. Todas as embarcações surgiram de uma necessidade de transporte, de exploração de novas terras (como a canoa havaiana ou polinésia), de caça, de pesca (como os caiaques) e a Dragon Boat é a única criada puramente por questão cultural.
“A sociabilização, o respeito pelos parceiros, o compartilhar, se exercitar, o brindar, contato com a natureza, são requisitos básicos para este esporte. Não tenho dúvida de que será um sucesso, não só entre os remadores já existentes, mas quanto aos novos que se formarão”, disse Paiva, revelando que pretende usar a Dragon como veículo de integração, em competições esportivas, mas com caráter festivo, atividades empresariais de motivação.
A expectativa é reunir atletas de variadas idades, a partir dos oito anos. “Acho fantástico o respeito e importância que os orientais e havaianos dão aos mais velhos. Este é outro conceito que quero resgatar no Brasil. Vamos incentivar os nossos pais, avós, sem contar que pretendo fazer uma grande integração entre esportes, como equipes de natação, surfistas, ciclistas, lutas, corridas, por exemplo”, explicou.
Animado, Fábio Paiva destacou o que representa a chegada da Dragon Boat. “Sinto-me uma criança realizando sonhos. Nada pode ser mais gratificante do que a auto-realização”, garantiu Fábio Paiva, destacando que quem quiser conhecer a nova modalidade, deve procurar a Canoa Brasil, primeira marina do País construída exclusivamente para caiaques e canoas, na Ponta da Praia.
O Dragon Boat não é olímpico mas é modalidade oficial dos Jogos Asiáticos (equivalente aos Jogos Panamericanos).
Fonte: http://www.nautica.com.br