Solon Santos disputou pela seleção brasileira os Jogos Olímpicos de 1984. Foi a última participação do Pólo Aquático nacional em Jogos Olímpicos. Hoje, ele forma novos talentos na Rocinha. Confira esta entrevista exclusiva que ele nos deu.
ER: Solon, como você começou no Pólo Aquático?
SS: Eu comecei em 1973 no Botafogo com o técnico Edson Perri (o Barriga), que era técnico principal e amigo do meu falecido pai, Álvaro Augusto dos Santos, que tinha jogado com ele no Guanabara. Eu estava na praia do Leme e ele me convidou para fazer um teste na escolinha do Botafogo, no Mourisco Pasteur. O técnico era o falecido César Mesquita.
ER: Quando percebeu que seria um atleta de ponta?
SS: Quando comecei a gostar de treinar e jogar pelo Botafogo. Passei de defensor para atacante e me comecei a me destacar fazendo gols.
ER: Por quais clubes você atuou?
SS: Joguei pelo Botafogo, pela Gama Filho, pelo Flamengo e pelo Fluminense.
ER: O que mudou no Pólo Aquático do Rio dos anos 80 para hoje?
ER: Qual foi o momento mais marcante da sua carreira?
ER: Nos Jogos Olímpicos de 1984, o Brasil perdeu para Espanha e Estados Unidos e empatou com a Grécia. Dava para ter se classificado ou era impossível?
SS: Acho que como era feita a preparação era impossível. Chegamos a fazer jogos muitos bons e com certeza não ganharíamos da Espanha, nem dos Estados Unidos. Mas da Grécia, com certeza! Não se viajava para fazer treinamentos. Só para competições oficiais e nossa ida ao Pré-Olímpico de Roma, na Itália, foi todo custeado pelo João Havelange que na época, a CBN (Confederação Brasileira de Natação) não tinha esse recurso todo que tem hoje a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos). Também tivemos o desfalque do Ayrton Pontes Carvalho e do Marcus Vinícius França Magalhães, que jogaram o Pré-Olímpico e foram cortados por terem dado uma entrevista quando retornaram ao Brasil reclamando de como foi feita a preparação e terem pedido dispensa do Sul-Americano Sênior de 1984, no Rio; e do Gilberto Guimarães, que era goleiro e tinha participado do Pan de 1983 e Universíade 1983 e também foi cortado. Com certeza fizeram muita falta nas Olimpíadas, pois eram três jogadores fora de serie. Mesmo assim, o Carlos Carvalho, que era nosso capitão, tinha retornado depois de não poder participar do Pré- Olímpico. O que mais me impresiona hoje em dia é a quantidade de viagens e treinamentos pelo mundo que Brasil faz e o nosso pólo aquático não consegue resultados expressivos e nem se classifica para os Jogos Olímpicos! Vemos o Canadá se organizar e conseguir participar das Olimpíadas e nós, mais uma vez, ficamos de fora. Até o Rio 2016 lá se vão 32 anos longe das Olimpíadas!
ER: No Torneio de Consolação, o Brasil perdeu para Itália, China e Japão e conseguiu um novo empate contra o Canadá, terminando assim na 12a e última posição. Ter chegado à Olimpíada já tinha sido uma grande conquista?
ER: O "Futebol das Piscinas" como muita gente chama é muito popular em alguns países. Não é no Brasil. Você já encontrou uma explicação do porquê disso?
SS: Com certeza o Brasil, por não ter cultura de esportes que têm pouca visibilidade na mídia, e por ser um esporte que está dentro da CBDA, em vez de ter a sua própria confederação de Pólo Aquático.
ER: Em 2016, serão 32 anos sem o Brasil na Olimpíada. Faltou incentivo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA)? Perguntamos isso porque a CBDA divulga e investe muito na Natação e percebemos que os demais esportes da entidade ficam em segundo plano.
SS: Não acho que faltou incentivo. Faltou sim um plano estratégico para nosso esporte e deixar de lado um pouco de política. Em que as pessoas poderiam ajudar muito, por estarem dentro do contexto do nosso esporte? Estão afastadas por que? Será que não seriam muito utéis com sua experiência? Falo isso porque nunca tive uma chance de mostrar meu trabalho na CBDA. Por que isso? Se onde eu passei sempre tive resultados e continuo tendo até hoje em dia, no projeto Rio 2016 e com o Grupo do Master Rio Brasil que acabou ser vice-campeão Mundial em Ricionne, na Itália, agora em Agosto de 2012? Sabe o que os gringos me perguntam? Por que vocês representam tão bem o Brasil pelo mundo com sua equipe master e não conseguem os mesmos resultados com a seleção nacional? Ninguém aprende depois de velhoa a jogar! Existe sim um plano estratégico em nosso grupo de master para podermos ter nossos resultados.
ER: Dos anos 80 para cá, passaram pelo Pólo Aquático do Rio clubes e times como América, Guanabara, Vasco da Gama, Tijuca Tênis Clube, que desistiram do esporte. Restaram apenas dois no feminino (Botafogo e Flamengo) e três no masculino (Botafogo, Flamengo e Fluminense). O que fazer para trazer de volta estes clubes ao Pólo Aquático?
ER: Você se recorda de algum outro time que tenha investido e depois desistido do Pólo Aquático?
ER: A Federação Aquática do Estado do Rio de Janeiro não consegue desenvolver o esporte no interior. Há tantas piscinas em tantos clubes e não há um time no Estadual, nem uma escolinha aberta. É possível reverter este quadro de quase abandono do esporte no estado?
ER: Como você vê a situação do Pólo Aquático hoje no Rio, que é a cidade sede da próxima Olimpíada?
SS: O Pólo Aquático está agonizando e se continuar desse jeito quando passar os Jogos Olímpicos não sei se vai ter mais equipes no Rio!
ER: Conte-nos um pouco do projeto do Pólo Aquático na Rocinha, do qual você é o coordenador. Ele tem quantos alunos? Ele é gratuito? Qual a estrutura disponível para as crianças na Rocinha? Em breve teremos equipes disputando os Estaduais?
SS: O Projeto Rio 2016 é um projeto do Estado em que está desenvolvendo os esportes em vários núcleos e complexos esportivos. Fui chamado para coordenar junto com Marcello Cassiano, treinador, o Pólo Aquático no Complexo Esportivo da Rocinha e introduzí-lo para as crianças da comunidade. No início, tive um grande problema em ensinar a Natação para pratica do Pólo Aquático. Mas depois de dois anos, vejo que podem ser formados vários atletas para que num futuro bem próximo representem o nosso pais em competições pelo mundo. Qualquer criança de 10 a 17 anos, pode fazer parte de projeto sem custo nenhum e não precisa ser da comunidade da Rocinha. Como as aulas são às terças e quintas e a piscina é rasa, não vejo como formar equipes para participar de campeonatos. Acho que o projeto é fazer o aluno tomar gosto pelo esporte e depois ir para um clube de alto rendimento para virar um atleta de ponta, como alguns atletas do Complexo Esportivo da Rocinha fizeram e hoje já são campeões Estaduais e Brasileiro pelo Flamengo.
ER: A estrutura do Pólo Aquático na Rocinha é a mesma que as dos clubes da cidade? Qual o clube que tem a melhor estrutura hoje em dia para a prática deste esporte?
SS: Com certeza, a estrutura que tenho na Rocinha é boa para a introdução ao Pólo Aquático. Mas as dos clubes são superiores, pois têm piscinas maiores e fundas, com salas de musculação. Acho que o melhor clube em estrutura é o Fluminense, que tem toda estrutura e equipamentos necessários e ainda investe no que tem de melhor no mundo. Isso graças a uma parceria que ele tem de patrocino de um banco de Investimento, que lhe dá todo suporte financeiro para as equipes e comissões técnicas.
ER: Além de meninos, há meninas também aprendendo a jogar Pólo Aquático na Rocinha?
SS: O Grupo é formado por meninos e meninas que treinam juntos. As meninas são interessadas e estão melhorando, ao ponto de realizar coletivos e ganharem dos meninos.
ER: Qual o teu sonho com o projeto da Rocinha?
SS: É poder ver os atletas jogarem e representar o Brasil, como eu fiz por vários anos. E quem sabe uma Olimpida?
ER: Deseja deixar um último recado para quem acompanha o Pólo Aquático?
SS: Meus sonhos antes de eu morrer: ver o nosso Pólo Aquático sendo praticado e jogado por todo o território nacional!
ER: Solon, como você começou no Pólo Aquático?
SS: Eu comecei em 1973 no Botafogo com o técnico Edson Perri (o Barriga), que era técnico principal e amigo do meu falecido pai, Álvaro Augusto dos Santos, que tinha jogado com ele no Guanabara. Eu estava na praia do Leme e ele me convidou para fazer um teste na escolinha do Botafogo, no Mourisco Pasteur. O técnico era o falecido César Mesquita.
ER: Quando percebeu que seria um atleta de ponta?
SS: Quando comecei a gostar de treinar e jogar pelo Botafogo. Passei de defensor para atacante e me comecei a me destacar fazendo gols.
ER: Por quais clubes você atuou?
SS: Joguei pelo Botafogo, pela Gama Filho, pelo Flamengo e pelo Fluminense.
ER: O que mudou no Pólo Aquático do Rio dos anos 80 para hoje?
SS: Acho que mudou muito. Tínhamos mais times. Com a globalização, os garotos estão tendo vários outros atrativos, como outros esportes que foram sendo criados. Isso atrapalhou muito os atletas se dedicarem integralmente ao Pólo Aquático, que treina todos os dias. Acho que uma das saídas para se conseguir mais praticantes nas categorias de base é fazer os treinos segunda, quarte e sexta.
ER: Qual foi o momento mais marcante da sua carreira?
SS: Com certeza foi estar no desfile de abertura dos Jogos Olímpicos de Los Angeles 1984 e participar de uma Olimpíada.
ER: Nos Jogos Olímpicos de 1984, o Brasil perdeu para Espanha e Estados Unidos e empatou com a Grécia. Dava para ter se classificado ou era impossível?
SS: Acho que como era feita a preparação era impossível. Chegamos a fazer jogos muitos bons e com certeza não ganharíamos da Espanha, nem dos Estados Unidos. Mas da Grécia, com certeza! Não se viajava para fazer treinamentos. Só para competições oficiais e nossa ida ao Pré-Olímpico de Roma, na Itália, foi todo custeado pelo João Havelange que na época, a CBN (Confederação Brasileira de Natação) não tinha esse recurso todo que tem hoje a CBDA (Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos). Também tivemos o desfalque do Ayrton Pontes Carvalho e do Marcus Vinícius França Magalhães, que jogaram o Pré-Olímpico e foram cortados por terem dado uma entrevista quando retornaram ao Brasil reclamando de como foi feita a preparação e terem pedido dispensa do Sul-Americano Sênior de 1984, no Rio; e do Gilberto Guimarães, que era goleiro e tinha participado do Pan de 1983 e Universíade 1983 e também foi cortado. Com certeza fizeram muita falta nas Olimpíadas, pois eram três jogadores fora de serie. Mesmo assim, o Carlos Carvalho, que era nosso capitão, tinha retornado depois de não poder participar do Pré- Olímpico. O que mais me impresiona hoje em dia é a quantidade de viagens e treinamentos pelo mundo que Brasil faz e o nosso pólo aquático não consegue resultados expressivos e nem se classifica para os Jogos Olímpicos! Vemos o Canadá se organizar e conseguir participar das Olimpíadas e nós, mais uma vez, ficamos de fora. Até o Rio 2016 lá se vão 32 anos longe das Olimpíadas!
ER: No Torneio de Consolação, o Brasil perdeu para Itália, China e Japão e conseguiu um novo empate contra o Canadá, terminando assim na 12a e última posição. Ter chegado à Olimpíada já tinha sido uma grande conquista?
SS: Com certeza termos chegado às Olimpíadas, sabendo que vários países ficaram pelo caminho, é uma certeza de que nosso feito foi grande, ainda mais se pensarmos que só voltaremos 32 anos depois a disputar e...por ser o pais sede dos Jogos Olímpicos! O jogo contra a Itália foi nosso pior jogo nessa Olimpíadas. Nossa tática não conseguiu fluir e perdemos por 12 a 4. Mas não podemos esquecer que na Itália estava jogando o maior jogador do mundo: Giane Demagistre. O jogo contra a China nós perdemos de 11 a 10, numa partida muito igual em que poderíamos ter ganho. Já o jogo contra o Japão, o nosso treinador Edson Perri começou a partida sem os titulares e o Japão abriu 8 a 1. Depois, ele colocou os melhores a partir do terceiro quarto e perdemos de 9 a 8. Com certeza poderíamos ganhar deles, pois eles tinham perdido para nós no Pré-Olímpico.
ER: O "Futebol das Piscinas" como muita gente chama é muito popular em alguns países. Não é no Brasil. Você já encontrou uma explicação do porquê disso?
SS: Com certeza o Brasil, por não ter cultura de esportes que têm pouca visibilidade na mídia, e por ser um esporte que está dentro da CBDA, em vez de ter a sua própria confederação de Pólo Aquático.
ER: Em 2016, serão 32 anos sem o Brasil na Olimpíada. Faltou incentivo da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA)? Perguntamos isso porque a CBDA divulga e investe muito na Natação e percebemos que os demais esportes da entidade ficam em segundo plano.
SS: Não acho que faltou incentivo. Faltou sim um plano estratégico para nosso esporte e deixar de lado um pouco de política. Em que as pessoas poderiam ajudar muito, por estarem dentro do contexto do nosso esporte? Estão afastadas por que? Será que não seriam muito utéis com sua experiência? Falo isso porque nunca tive uma chance de mostrar meu trabalho na CBDA. Por que isso? Se onde eu passei sempre tive resultados e continuo tendo até hoje em dia, no projeto Rio 2016 e com o Grupo do Master Rio Brasil que acabou ser vice-campeão Mundial em Ricionne, na Itália, agora em Agosto de 2012? Sabe o que os gringos me perguntam? Por que vocês representam tão bem o Brasil pelo mundo com sua equipe master e não conseguem os mesmos resultados com a seleção nacional? Ninguém aprende depois de velhoa a jogar! Existe sim um plano estratégico em nosso grupo de master para podermos ter nossos resultados.
ER: Dos anos 80 para cá, passaram pelo Pólo Aquático do Rio clubes e times como América, Guanabara, Vasco da Gama, Tijuca Tênis Clube, que desistiram do esporte. Restaram apenas dois no feminino (Botafogo e Flamengo) e três no masculino (Botafogo, Flamengo e Fluminense). O que fazer para trazer de volta estes clubes ao Pólo Aquático?
SS: Tem que ser feito um projeto de massificação do Pólo Aquático no Rio de Janeiro, encontrando locais para pratica do Pólo Aquático, mesmo que seja de uma forma lúdica com piscina rasa. Fazer uma parceira com FARJ junto ao Governo Federal, Estadual e Municipal em que Clubes e Escolas receberiam os equipamentos necessários para pratica e formando treinadores que irão ensinar os primeiros fundamentos para pratica do pólo aquático.
ER: Você se recorda de algum outro time que tenha investido e depois desistido do Pólo Aquático?
SS: O Canto do Rio e o Caio Martins, ambos de Niterói, o Internacional e o Boqueirão do Passeio também participaram de Campeonatos Estaduais.
ER: A Federação Aquática do Estado do Rio de Janeiro não consegue desenvolver o esporte no interior. Há tantas piscinas em tantos clubes e não há um time no Estadual, nem uma escolinha aberta. É possível reverter este quadro de quase abandono do esporte no estado?
SS: Com certeza, foi o que duas perguntas acima. Falta um pouquinho só de boa vontade e deixar de lado a politica.
ER: Como você vê a situação do Pólo Aquático hoje no Rio, que é a cidade sede da próxima Olimpíada?
SS: O Pólo Aquático está agonizando e se continuar desse jeito quando passar os Jogos Olímpicos não sei se vai ter mais equipes no Rio!
ER: Conte-nos um pouco do projeto do Pólo Aquático na Rocinha, do qual você é o coordenador. Ele tem quantos alunos? Ele é gratuito? Qual a estrutura disponível para as crianças na Rocinha? Em breve teremos equipes disputando os Estaduais?
SS: O Projeto Rio 2016 é um projeto do Estado em que está desenvolvendo os esportes em vários núcleos e complexos esportivos. Fui chamado para coordenar junto com Marcello Cassiano, treinador, o Pólo Aquático no Complexo Esportivo da Rocinha e introduzí-lo para as crianças da comunidade. No início, tive um grande problema em ensinar a Natação para pratica do Pólo Aquático. Mas depois de dois anos, vejo que podem ser formados vários atletas para que num futuro bem próximo representem o nosso pais em competições pelo mundo. Qualquer criança de 10 a 17 anos, pode fazer parte de projeto sem custo nenhum e não precisa ser da comunidade da Rocinha. Como as aulas são às terças e quintas e a piscina é rasa, não vejo como formar equipes para participar de campeonatos. Acho que o projeto é fazer o aluno tomar gosto pelo esporte e depois ir para um clube de alto rendimento para virar um atleta de ponta, como alguns atletas do Complexo Esportivo da Rocinha fizeram e hoje já são campeões Estaduais e Brasileiro pelo Flamengo.
ER: A estrutura do Pólo Aquático na Rocinha é a mesma que as dos clubes da cidade? Qual o clube que tem a melhor estrutura hoje em dia para a prática deste esporte?
SS: Com certeza, a estrutura que tenho na Rocinha é boa para a introdução ao Pólo Aquático. Mas as dos clubes são superiores, pois têm piscinas maiores e fundas, com salas de musculação. Acho que o melhor clube em estrutura é o Fluminense, que tem toda estrutura e equipamentos necessários e ainda investe no que tem de melhor no mundo. Isso graças a uma parceria que ele tem de patrocino de um banco de Investimento, que lhe dá todo suporte financeiro para as equipes e comissões técnicas.
ER: Além de meninos, há meninas também aprendendo a jogar Pólo Aquático na Rocinha?
SS: O Grupo é formado por meninos e meninas que treinam juntos. As meninas são interessadas e estão melhorando, ao ponto de realizar coletivos e ganharem dos meninos.
ER: Qual o teu sonho com o projeto da Rocinha?
SS: É poder ver os atletas jogarem e representar o Brasil, como eu fiz por vários anos. E quem sabe uma Olimpida?
ER: Deseja deixar um último recado para quem acompanha o Pólo Aquático?
SS: Meus sonhos antes de eu morrer: ver o nosso Pólo Aquático sendo praticado e jogado por todo o território nacional!