Delival Nobre é médico, um bem sucedido cirurgião plástico. Apesar de ter nascido no Pará, viveu toda sua fase adulta no Rio de Janeiro. Pouca gente da classe médica sabe que ele também era atirador do
CR Flamengo nos anos 70 e 80. O Mengão o contratou diante da Tuna Luso (PA).
Delival Nobre competiu em três Olimpíadas
E dos melhores! Delival Nobre participou dos Jogos Olímpicos de Montreal 1976, Los Angeles 1984 e Seoul 1988.
O atleta terminou sua participação olímpica em 1976 com a 24ª posição acumulando 563 pontos. Foram 48 participantes.
Em Seoul 1988, o flamenguista chegou aos 586 pontos, terminando também na 24ª posição.
Seu grande êxito aconteceu em Los Angeles 1984 quando o brasileiro só perdeu a medalha de bronze no desempate, terminando num excelente quarto lugar. Foi a primeira vez que o Brasil se destacou no Tiro desde Antuérpia 1920.
Pistola Rápida 25m em Los Angeles 1984
1ª Rodada
- 1º Corneliu Ion (Romênia - 299
- 2º Rauno Bies (Finlândia) - 298
- 2º Park Jong-Gil (Coreia do Sul) - 298
- 4º Takeo Kamachi (Japão) - 297
- 5º Delival Nobre (Brasil) - 296
- 5º Bernardo Tovar (Colômbia) - 296
- 5º Roberto Vanhozzi (Itália) - 296
- 5º Mark Howkins (Canadá) - 296
- 5º Marin Stan (Romênia) - 296
2ª Rodada
- 1º Takeo Kamachi (Japão) - 298
- 1º Viktor Engel (Alemanha Ocidental) - 298
- 3º Yan Chung-Yeol (Coreia do Sul) - 297
- 3º Aldo Andreotti (Itália) - 297
- 5º Delival Nobre (Brasil) - 296
- 5º Du Xuean (China) - 296
- 5º Juan Seguí (Espanha) - 296
- 5º Li Zhonggi (China) - 296
- 5º Opas Ruengpanyawoodhi (Tailândia) - 296
Classificação Geral
- 1º Takeo Kamachi (Japão) - 595 - Medalha de Ouro.
- 2º Corneliu Ion (Romênia) - 593 - Medalha de Prata.
- 3º Rauno Bies (Finlândia) - 591 - Disputa da Medalha de Bronze.
- 3º Delival Nobre (Brasil) - 591 - Disputa da Medalha de Bronze.
Disputa da Medalha de Bronze
- 1º Rauno Bies (Finlândia) - 146 - Medalha de Bronze.
- 2º Delival Nobre (Brasil) - 141
Sucesso de Delival Nobre
O sucesso de Delival Nobre e do Tiro brasileiro não passou despercebido pela sociedade. Dois anos depois do quarto lugar em Los Angeles 1984, e com a crescente violência urbana no Brasil, o Tiro Esportivo disparou.
Em 1986, segundo a revista Placar, a Confederação Brasileira de Tiro registrava o récorde de 20 mil praticantes, divididos por 341 de 17 federações estaduais. Considerando apenas o estande de Tiro do Flamengo na Gávea, o clube registrava um aumento de 30% em comparação ao ano anterior, atingindo 700 associados-atiradores.